sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Encontro 18 de julho 09
18/7/09
10h30 às 18h00
Essa reunião do Coletivo foi bem diferente das anteriores, pois redefinimos nosso grupo que antes era chamado de “Coletivo” para grupo “CaosAção, palavra que foi construída pelo grupo em outro encontro e que define bem nossas ações.
Essa mudança aconteceu por uma proposta da Mari que acredita que a idéia de Coletivo se confundiu com este grupo (esta forma de estudar) e que acredita que é tempo do coletivo retomar o lugar de abrigo de várias ações , projetos das pessoas que se envolvem com as ações. Os projetos que já existem dentro dessa proposta de coletivo: curso, GEP São Paulo, GEP Botucatu, Laboratório POA, Coletivo (agora chamado de grupo CaosAção).
A idéia para o Coletivo é montar uma coordenação (Mari, Eliana e Yú até o momento) que organizará uma oficina anual de criação e apreciação de todos os projetos, na qual esses vários grupos/pessoas planejassem as propostas (quem vai tocar/participar).
A Discussão no grupo CaosAção:André, Karol, Carolzinha, Iara, Helen, Mi, Yú, Jú e Mari via Skype.
No período da manhã nos reencontramos depois de três meses, dois casamentos, nascimento da Joana (que virá só a tarde com a Jú), conversamos bastante e depois entramos no Skype com a Mari que fez a nova proposta de Coletivo e combinamos de voltar a conversar com ela no final da tarde.
Foi difícil no inicio pensarmos que não éramos mais o coletivo, ficamos sem identidade no começo,mas decidimos continuar com esse grupo e o batizamos de CaosAção.
Questões que apareceram como dificuldades do grupo:
Falta de sustentação / contorno – tarefas
Falta de clareza de proposta
Falta de compromisso – todo mundo se cutuca e sai meio mal
André: Blog, Ativação, Marquinhos, Flávia
Idéias:
Produzir pro Blog – CaosAção
Contato por e-mail entre os dois meses
Podem ser incluídas outras coisas no blog no intervalo
Fazer coisas mais simples (do nosso tamanho)
A gente espera respostas / direcionamentos da Mari
Combinamos de no período da tarde relermos todos os e-mails que foram mandados nesses últimos dias anteriores ao encontro, e repensarmos na identidade desse grupo, nossa proposta e forma de organização.
No período da tarde chegou a Joana com a Jú, desviou todas as atenções pra ela, nossa nova mascote sorridente e fofa do grupo.
Lemos os e-mails e através das reflexões de todos:
Michelle- Lendo e pensando coisas que já tinha discutido de manhã -O que ficou mais:
Construir novos modos de estar no grupo e o que isso implica
Trazer questões / temas que possibilitem o não adormecimento – pensar bem antes de escolher? não só deixar no blog – estratégias?
Organizar papéis de cada um no grupo – registrar, chamar... redefinir
Karol: rodar as funções – fechar mais no encontro (deixar menos coisas pro intervalo – dificuldade do tempo)
Discussão sobre chamar ou não o grupo pro encontro – precisa ou não?
O que é estar conectado com o grupo?
Iara: tarefa
Ju: acessar a vontade
Karol: diminuir o tamanho da tarefa
Helen: se organizar dentro do que dá pra fazer e assumir isso / o grupo é muito precioso, mas ter tarefa facilita
Yú: a tarefa pode ter tudo a ver com a vontade / o desejo
Karol: quer entender duas falas
- Carolz ficou assustada com o skype – Carolz achou bombástico o e-mail da Mari: como se o Coletivo tivesse dissolvido
- Helen se sente frágil – Helen sente o grupo frágil
-Mari - o grupo existe independente dela?
Carolz: às vezes não acompanhava as discussões
Iara: tirar o nome Coletivo desbancou mas trouxe mais liberdade, a gente não sobreviveria daquela forma
Ju: abrir o grupo para o Coletivo a cada encontro? muito fechado é um problema pra ela
Discussão sobre estudar somente um texto por vez ou cada um trazer sua proposta
Karol: a proposta é estudar TO
A maioria quer experimentar este novo formato e fortalecer neste ano – temos mais dois encontros
Mari à distância – rompeu com o “Coletivo” CaosAção
Mi: gosta de poder ser mistura – poder trocar a prática de outras formas – o dia inteiro – coisa financeira
Yú
Valer a pena e não ficar apenas no encontro.
Liberdade X Compromisso
Não quer só cumprir tarefa e investimento de cada um (falas do André que grifou)
Papel central da Mari
Meio tempo – o que fazer nos intervalos dos encontros , o que cd um pode fazer
Gosta da idéia de se encontrar antes do almoço para os “encontros”
Para Yu, grupo tem uma função para pensar no trabalho e pausa para respirar
Será que o CaosAção vai precisar de uma coordenação ???
O Blog pode ser o corpo do CaosAção para ficar mais concreto.
Alimentar quando e como, algumas formas além do final dos encontros
Qual vai ser a proposta em relação a incluir novas pessoas no grupo.
Chamar pessoas de fora, qual será a proposta de pagamento e como vamos nos organizar
Gerenciar recursos coletivos. Como vai ser? Como que cada projeto vai se relacionar com o coletivo
Suscitou vontade de participar da coordenação do coletivo
Esse grupo vai ter uma coordenação ou tarefas? Isso deverá ser decidi, qual o papel de cada e em que tempo.
Carol acha que deverá ser tarefa.
Carolz-Definição: CaosAção = grupo-ação, grupo de estudos de estudos sobre terapia ocupacional e produção de vida e temas transversais à nossa prática. Este grupo faz parte de um coletivo de ações. Pensamos no blog como uma ferramenta à distância afetiva, no qual registraremos a produção de nossos encontros e manteremos a comunicação apesar das distâncias e dos espaços grandes entre nossos encontros.
André- Quatro ingredientes básicos:
Grupo existe no encontro
Grupo sustentável
Exige disposição interna
Assumir responsabilidade compartilhada
É uma aprendizagem – não “temos” maternagem
André relata as discussões e definições:
Tempo apertado
Estudar coisas mais fechadas e simples (mais discussão e menos apresentação)
Tempo para refletir ainda no encontro (isso acontecia depois e minguava)
Ter no final dos encontros tempo de reflexão e produção para postar no blog – blog como ferramenta para manter as pessoas afetivamente próximas
Mari (skype)-O nome CaosAção procede
Não poderá participar neste formato via skype
Até hoje ela vai pagar/participar
Quer participar da discussão sobre o uso do dinheiro – e qual a relação do CaosAção com o Coletivo
Espaço – sala
Todo mundo ganha liberdade
André: O Coletivo é um futuro – não vê todo mundo trabalhando no mesmo
nível
Yú: discorda
Mari pergunta se alguém chegou a pensar em compor a coordenação do
Coletivo – Yú
Este futuro depende deste grupo...
Mari: pensar na data da oficina (fica para o próximo encontro)
Propostas imediatas:
Karol – o que é o grupo para cada um? (e-mail → blog)
André – o que cada um quer estudar? (e-mail → blog)
Yú-E-group: caosacao
Proposta para o próximo encontro:
Conversarmos sobre o cotidiano de cada um, o que cada um está fazendo como Terapeuta Ocupacional.
Essa proposta saiu a partir da fala da Iara de querer saber como está a vida de cada um, o cotidiano como terapeuta ocupacional.
Brincamos que será o tema da próxima redação: Meu cotidiano como TO...
Propostas para próximo encontro
Apresentar e discutir o cotidiano de cada um como terapeuta ocupacional
Fortalecer o grupo (o que é o grupo para cada um?)
Programar o estudo (o que cada um quer estudar?)
terça-feira, 25 de agosto de 2009
3.
Antes de prosseguirmos na narrativa da caminhada ao trabalho, realizada por mim naquela terça-feira do passado... e que sendo passado encontra na memória uma ocupação existente, ou ainda, uma área da topologia dessa subjetividade singular, capaz de ativar a subjetividade temporalmente... recordo. Que se recordar não implica imaginar e compor sentido do que se é, não sei o que pode ser!?! Enfim, disse que ia estruturar essa narrativa tentando dialogar com textos encontrados que tratassem da questão do COTIDIANO de alguma forma/modo.
Ao me aproximar de tais construções de outras pessoas, percebo que meu modo de narrar vai também se transformando, assim como o escrito alheio. Vai se fabricando, maquinando e inventando, vai se construindo e re(dês)construindo através dessa operação aqui, dessa narrativa/narração com narração. Não sei aqui dizer de outro jeito, talvez seja apenas meu modo de organizar essa experiência. Talvez faça assim para impor alguma significação a essa ação de estudo/escrita.
Como bem aprendi um dia, num curso de educação permanente, a aprendizagem significativa só acontece quando o aprender de uma novidade faz sentido para nós. E aqui podemos estender o termo para ação significativa visto que aprendizagem é um meio de se efetuar ações. Faz muito tempo, há gente sabendo e dizendo que pedagogia e terapêutica são áreas afins. E o must do momento leva até o nome de Educação Inclusiva, coisa que na universidade pouco se faz e muito se diz... enfim, deixa eu ficar na minha!!!
Eu ia começar o diálogo através do capítulo 1 do livro da Berenice Rosa Francisco: TERAPIA OCUPACIONAL, da editora Papirus, que foi o 1º. Livro de T.O que eu tive acesso na minha formação (e que só consegui comprar uma 2ª. Edição em 2001). E antes dela responder a “célebre pergunta: o que é terapia ocupacional?” (pg.15). Ela faz um levantamento de outras questões numa tentativa de esclarecer , preste bem atenção:” certos mal-entendidos que o COTIDIANO e o SENSO COMUM nos lançam.”
Você entendeu o que ela fez? Ela alertou, que eu achei uma atitude consciente demais para qualquer estudante ou profissional de T.O, daqui ou de qualquer lugar que seja. Você vai enfrentar isso pela sua vida profissional. O senso comum tem obrigação de saber o que é terapia ocupacional? Você sabe o que é cibernética? Ou ainda, o que é filologia? Quem não tem contato com isso no dia-a-dia, tem uma idéia de leve do que possa ser, ou não.
O meu trabalho no cotidiano, envolvido com pessoas do senso-comum, me mostra que elas chegam sem saber o que é terapia ocupacional. Sabe o que eu faço com isso? Eu valorizo o ineditismo! É algo inédito para muitas das pessoas que eu cuido. Se eu explico para elas?
Eu já te disse que aprendi num curso de educação permanente, que o aprender de uma novidade só acontece quando essa faz sentido para nós.E geralmente isso ocorre quando a novidade responde a uma pergunta/questão nossa, e/ou quando o conhecimento novo é construído a partir de um diálogo com o que já sabíamos antes, ou seja, é necessário haver atenção e renovação.
Mas então, vou deixar o livro da Berenice para depois. Porque tem muita coisa atual lá, e merece mais tempo de leitura para eu fazer um diálogo mais bacana!
Hoje eu vou fazer um diálogo com o texto: A TERAPIA OCUPACIONAL NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO: CONSTRUÇÃO DO COTIDIANO, de Marisa Takatori. Ele está disponível no site da CASA DA TO.
Sobre a forma de uma resenha apresento tal texto. O lerei de modo a fazer da diferença um valor no sentido de que eu lendo a escrita dela e escrevendo sobre a mesma possa efetivar uma compreensão .
Ao ler, compreendi que o indivíduo, torna-se parte da diferença no contexto da sociedade através de seu fazer singular no dia-a-dia. A relação do fazer do indivíduo e seu cotidiano está instalada em uma metafórica linha de desenvolvimento contínua, que ao se quebrar ou romper produz dificuldades de construção do próprio cotidiano, ou ainda, uma ruptura do reconhecimento entre o indivíduo e o contexto social. Esse rompimento dificulta a Inserção social do mesmo.
A inserção é resultada do poder-fazer singular, cuja forma carrega particularidades do ser em questão. As ações que compõem esse poder-fazer, quando instaladas num plano de realidade compartilhada (interna e externamente), carregam aspectos da pessoa (modos, jeitos, gestos, etc) confluindo para transformações operadas internamente no/pelo sujeito a partir da exterioridade dessa realidade, e vice-versa.
O dia-a-dia é composto por um fluxo contínuo de atividades que fomentam a construção/estruturação do COTIDIANO, através do tempo, do espaço e dos modos de ação do sujeito.
O termo/conceito inserção social é apontado enquanto uma das forças constituintes dos processos de reabilitação assistidos pela terapia ocupacional enquanto saber/área de conhecimento, e ainda visto que sobre ele as dificuldades determinantes dos momentos da vida do sujeito aparecem.
A autora, ao citar Benetton (1999), refere que a exclusão social resulta de uma diferença, tanto pela falta quanto pelas suas repercussões. Esse é um conceito delimitador da população atendida pela terapia ocupacional. O público alvo, formada pelos excluídos, sociologicamente definidos assim, são pessoas com déficit de ordem: social, física ou psíquica.
Ainda segundo Benetton, o sujeito alvo da assistência em T.O é o indivíduo necessitado que vive em certa exclusão social, ou melhor, encontra-se no estado de excluído da parte com significação social das atividades.
Interessante notar que a autora utiliza o termo ATIVIDADE SOCIAL enquanto um lugar no qual as significações das ações acontecem. As atividades, presentes no cotidiano, ganham contorno através do discurso conceitual da INCLUSÃO/(INSERÇÃO)/EXCLUSÃO, como se só houvessem esses dois lados do contexto na sociedade.
Como é possível, em pleno século XXI, “IN/OUT” ou “DENTRO E FORA” serem as partes de um todo maior, uma totalidade inexistente dos contextos que compõem as relações em sociedade? Mesmo os ditos “excluídos” fazem parte de um processo que está sempre em estruturação e desestruturação. Mas ainda, repetindo a pergunta de modo que a diferença apareça: Mesmo os ditos “excluídos” fazem parte, mas como? Através de uma maneira/modo que gera e carrega sofrimento pelo não pertencer... estamos no território das potências do PATHOS, quando o mesmo não encontra forças para divisão/circulação com/na rede relacional evidencia parte dessa ruptura. Esse processo de estruturação e desestruturação é histórico, ou seja, é composto dos tempos, dos espaços e dos modos de ação dos sujeitos. São assim, aspectos ligados ao COTIDIANO, histórias de um tempo singular.
Pelo tempo de hoje, é só isso.
Abraço
andré
sábado, 22 de agosto de 2009
2.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
1.
É para não sentir tão forte o peso que é estar sozinho, e para poder compartilhar, para dizer de si /ouvir a si e a outras pessoas, para dialogar, para se aproximar/se identificar e também se diferenciar, para olhar/perceber e refletir em conjunto, para mostrar que os compostos são construções realizadas num contínuo ritmo diário. São essas, algumas das motivações que fazem com que essa escrita/estudo atualmente apresentem-se objetivadas na produção de sentidos nesse blog. Em especial, está dessa forma (meio bagunçada e caótica) apresentada aos visitantes, para que possam juntamente acompanhar o processo como o mesmo é feito instantes antes de vir ao ar nessa plataforma.
No momento em que defino os motivos que me levam a propor a construção desse pensamento/idéia, percebo que há uma RE-FLEXÃO sendo exercida e ativada. Uma “clínica da clínica” feita em autonomia,AUTONOMAMENTE. Nesse sentido, estabelecer alguns parâmetros que possam vir a contornam esse feitio. Consigo, ao mesmo tempo que tento associar coisas e assuntos distintos, formatar uma espécie de inaugural binômio fantástico compositivo: MOTIVAÇÃO X PRODUÇÃO DE SENTIDO/VIDA.
Percebo que isso já é, em si, parte da elaboração do meu processo/produção. Cabendo as outras instâncias que o compõe ( circulação e recepção) significar através do contato pela leitura o que o agente não mais inteiramente pode fazer. Esse produto derivado com o qual os visitantes entram em contato não deixa de ser em parte o agente, mas sim é um outro corpo desse, um resquício da ação, um objeto externo plasmado na forma de letras e imagens.
Antes que eu adentre o tema futuro, que veio derivado do pensamento/idéia sobre motivação-produção de vida/sentido, penso ser necessário que se configurem outras modalidades que possam afirmar o caráter RE-FLEXIVO, ou melhor, o caráter CLÍNICO possível dessa escrita.
A quem não saiba, a palavra clínica significa debruçar-se sobre, inclinar-se. E sobre esse texto em formação parte desse cuidado está sendo feito, está se desdobrando no exato instante em que a escolha dos léxicos é estabelecida enquanto instrumentalidade com-figurativa. Pensar tal produção, no primeiro instante maquino-ativa várias palavras. Essas fazem com que o pensamento/idéia derive em outras vertentes, antes da chegada no plano da inscrição temática. Vejamos.
MOTIVAÇÃO ___________ PRODUÇÃO.
No espaço sub-linhado, um jogo articulativo se dá. No “entre” coisas, interstício dessa hibridação possível, vários foram os nomes categorizáveis utilizados e instalados para sua proposição amplificante : artigos- substantivos-verbos-advérbios-pré/posições foram usados enquanto elementos catalizadores de junções. Te ilustro a ocupação do feito PRÓ-POSITIVO ao mostrar parte do mesmo, ao deixar aparente as combinações utilizadas para dar forma: MOTIVAÇÃO COMO PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO DA PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO A PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO NA PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO É PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO SEM PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO ELENCA PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO OCUPA PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO PARÊNTESES PRODUÇÃO, MOTIVAÇÃO MÚLTIPLA PRODUÇÃO. Eteceteras...
Nisso feito, um “POR QUE?” surge desse exercício "derivativo". Como se uma finalidade explicativa tivesse sendo exigida, como se houvesse uma causa para tanto. E ao poder desdobrar a questão da CAUSALIDADE (o POR-QUE dessa situação) em outras esferas dessa composição inicial, vislumbro meios alternativos de entendimento do que está acontecendo no interior desse fazer. E assim , damos a ela ( a situação de causalidade) outras vertentes que impliquem o tempo, o lugar e os modos que expandem o denominador MOTIVAÇÃO enquanto uma OPÇÃO de abertura em questões da PRODUÇÃO DE SENTIDO/VIDA.
Quando o POR-QUE surgiu, perguntei-me logo em seguida, que e quais motivos haviam em querer me OCUPAR com tal ação (escrever/estudar) nesse blog? Quando surge (tempo)? Como surge (modo)? De onde surge (lugar)?
Ao provocar esse movimento questionador, espécie de auto-diálogo, percebi que havia nessa OCUPAÇÃO uma necessidade de PRODUZIR SENTIDOS DE PERTENCIMENTO, AFIRMAÇÃO E EXPRESSÃO DE MINHA ATIVIDADE, DA ATIVIDADE DESSE SUJEITO AQUI, DA MINHA ATIVIDADE PELA ESCRITA. Como terapeuta ocupacional, comecei então a elaborar uma espécie de ANÁLISE DESSA ATIVIDADE, que agora trago aos leitores dessa plataforma informática.
Os motivos inaugurais que/quais me levaram a essa escrita atual, foram postos no início do texto alinhados a preposição PARA, que pode criar indicações/sentidos de: consequência/fim/referência/tempo/lugar/proporção... quando não, também , de funcionalidades. E o que deixo aqui escrito não é PARA me justificar, tornar-me justo no/ao fazer, mas justamente para abrir a forma engessada que muitas vezes nem nos damos conta de estarmos somente ajudando a perpetuar sem questionar. Aprendi que assim como as palavras podem unir posições/modos de agir na vida, elas também podem destruir realidades engessadas em vigências. E talvez seja essa a consciência que falte a muitos de nós em nossos dia-a-dia.
Quando pensar sobre isso surge? Que tempos atravessam essa OCUPAÇÃO? O presente tem me feito pensar sobre o tema do COTIDIANO. É sobre esse que futuramente esses compostos aqui se desdobrarão. A medida que for estudando sobre ele, estabelecendo contatos com meus modos de pensá-lo e dialogá-lo com outros que o queiram pensar, que trarei algumas formas novas de como o mesmo vai se formatando e formando enquanto idéia/pensamento e composições.
Mas tal assunto/tema fez com que eu me recordasse do passado, da porta de entrada para minha formação em terapia ocupacional. Lembro-me que naquela época da universidade, o tema agora já introduzido aqui, nunca antes houvera sido pensado por mim. Foi através dele que alguns conhecimentos da profissão foram se inaugurando em mim. As ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA e as ATIVIDADES DA VIDA PRÁTICA foram ganhando construções em meus modos de lidar com territórios existenciais da vida humana. E assim parte de minha formação enquanto agente facilitador na vida dos sujeitos aos quais presto cuidados constituía-se.
Hoje, o COTIDIANO é um forte conceito sobre o qual realizo e estruturo minha prática diária. Ele é também um assunto de interesse em comum por parte de um grupo de estudos ( CAOSAÇÃO) ao qual pertenço, e nesse temos vontade/motivação de pesquisá-lo, até como possibilidade de sobrevivência e experimentação de diálogos e produções futuras.
É ele também o lema do XI Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional, CBTO 2009, que ocorrerá entre 12 e 16 de outubro de 2009 em Fortaleza-CE, que traz nesse chamamento- O COTIDIANO : DA SIGNIFICAÇÃO À AÇÃO, seu interesse primordial.
Quando fui escrevendo tais linhas anteriores referentes ao quando-tempo, fui percebendo que havia nelas algo do modo-como e do lugar-onde o tema surgiu. Nisso fiquei a me perguntar que talvez essas três instâncias (TEMPO/MODO/LUGAR), timidamente postas em perguntas simples derivadas do porque inicial, já atravessavam parte da forma sobre a qual a questão do cotidiano é estruturada nas inter-relações humanas e nas visões de mundo-homem da Terapia Ocupacional.
Aventurar-me nessa ESCOLHA/OPÇÃO DE ESCREVER/ESTUDAR (desse jeito aberto) faz com que durante o meu próprio fazer haja uma pequena suspensão de atos e ações efetuadas no dia-a-dia. Tais suspensões acontecem através do trabalho criativo da escrita, assim como suas significações, reflexões, reintegrações sentidas quando estabeleço um retorno as experiências pessoais na prática do dia-a-dia, ou melhor, na própria esfera do tema: O COTIDIANO.
Penso que ao assim fazer, motivado por tal produção de sentido/vida, esteja abrindo espaços de aproximações com quem também queira dialogar sobre tal assunto.
Desde já alerto, o texto aqui exposto não é limpo, pode conter erros, é um rascunho esboçado durante instantes presentes nas horas diárias. Por hoje é isso,
Saudações
andré